A outra
estrada
Naquele breu
inquietante da madrugada
O peregrino
se aventura ao ali passar
E distraído
se perde em seu caminhar
Incomodando
os mortos em sua morada.
Os galhos
tremulam sob a sua pisada
Ventos
uivantes entorpecendo o pensar
Seus passos
fugazes não saem do lugar
Sua imagem
refletida a encarar, calada.
-Não tente
falar e não tente caminhar.
Não há
mais saída, não há mais como escapar.
Lhe disse
uma sombra com voz calma e sussurrada.
-Sua alma é
nossa! Lhe disse outra sombra a cantar.
As sombras
riam, faziam tudo girar
Levando o
tal peregrino para outra estrada.
Jessica Machado.
(27-12-12)